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Resenha com Dihh Lopes

Foto: Arquivo Pessoal Dihh Lopes

Fala rapaziada, peixada, moçada… Tudo bom com vocês? Eu tô feliz demais, tá ligado? Isso porque troquei aquela ideia de responsa com um santista cabuloso. O mano tem a cara do Peixão. É ousado, irreverente, está sempre nos jogos do Santos e não dá mole pra ninguém.

Hoje a resenha foi com o humorista e santista Dihh Lopes! Confere aí.

 

 

MP: Você nasceu em uma época que o Santos sofreu com a escassez de títulos. Em contrapartida seus rivais tinham bons times e levantavam taças, como e quando você se tornou santista?

DL: Me tornei santista em 1995, moleque, crianças, por conta do meu pai, que também é santista, aquele time que foi campeão (Campeão né, por que foi roubada aquela final), mas foi na semifinal contra o Fluminense, eu lembro que meu pai me explicava o que o time precisava fazer pra ser campeão. Teve aquele jogo mágico com o Giovanni, o time ficou lá no intervalo, não desceu pro vestiário, ficou no campo e aquilo ali me marcou muito. O Santos classificou, e eu lembro que na sequencia, naquela semana, meu pai me deu a camisa do Santos. Virei santista naquela época, por causa daquele time,  daquele jogo especifico. Na sequencia o Santos perdeu daquele time do Botafogo e eu vi que o Santos sempre é prejudicado.

 

MP: No meio da sua adolescência, o Santos surge com o título brasileiro de 2002 e uma geração de jogadores que encantou o mundo do futebol. Como foi essa época para você, e qual a lembrança mais marcante dessa fase?

DL: Era uma época difícil de ser santista, por que não ganhava títulos e meus amigos comemoravam títulos dos times deles, em 2001 ainda teve aquele gol do Ricardinho, aquele paulista lá contra o Corinthians, que ficou marcado e muitos santistas ali falavam que seria muito difícil ganhar um título. Ai veio essa geração, q eu encantou muito né. O que eu mais gostava de ver naqueles moleques, é que eram moleques folgados jogando. Cansou de ter jogos do Santos que os caras queriam pegar eles no final, bater neles. Teve um amistoso com o Corinthians, antes até do brasileiro, os caras queriam pegar os moleques, teve aquele jogo com o São Paulo, que o Diego subiu no escudo, que os moleques eram folgados, driblava, olhava para a cara dos malucos e dava risada, uns moleques muito bons de bola. Aquela geração encantou muito, foi realmente marcante, por que colocou o Santos de volta no cenário do futebol, por que o Santos a cada ano que passava estava em uma decadência. Aquela geração botou o Santos no lugar que ele nunca deveria ter saído. Aquela geração marcou muito.

 

MP: Você já cornetou o Victor Ferraz ao vivo, já tirou um sarro de caras como Neto, Thiago Ventura, Fábio Rabin entre outros. O Futebol é paixão? Qual o limite da zoeira no futebol?

DL: Eu acho que vale tudo. O Legal do futebol é zoeira, e cada ano que passa fica mais chato, as pessoas ficam revoltadas, não pode falar, não pode zoar, inclusive os jogadores, cada ano que passa ficam mais chatos, são jogadores muito da cartilha do futebol, para  não falar besteira e não, para  não se comprometer, tá cada vez mais chato né. Ou sou muito a favor da zoeira no futebol, quando ganha, quanto perde, tem que ouvir, tem que aguentar. Eu corneto mesmo, sou santista roxo, tem uns jogadores que eu vejo lá que não tem condições eu tiro um sarro mesmo, e se o cara pegar birra é pior, eu vou zoar mais ainda, mas sempre fazendo piada aloprando, por mais que eu não goste de alguns jogadores, que não podem estar no Santos, mas é sempre na base da piada e com os adversários também, sempre que tenho a oportunidade de zoar algum deles eu tô zoando.

 

MP: O Santos é o time da irreverência e ousadia. Você é um cara da comédia de alto estilo. O quanto o Santos representa pra você?

DL: O Santos sempre foi o time de jogar pra frente, da molecada, com um futebol vistoso, até falei daquele time de 2002, que driblava e dava risada  da cara dos adversários, quantos jogos tive a experiência de ver a torcida adversária aplaudir o Santos jogar, jogadores do Santos deitando, tipo o Robinho na Colômbia, o Neymar aplaudido pela torcida do Cruzeiro. Tanto que quando o Santos perde, saindo do seu DNA, jogando pra traz , se defendendo ,coisa que nunca dá certo, é o que revolta a torcida. Se perder jogando pra frente, tentando ganhar, vencer, não incomoda tanto, como foi nessa final de libertadores contra o Palmeiras, deu pra ver claramente que na final o Cuca se acovardou, e isso passou para o time no campo. O time jogava de uma maneira, indo pra cima, marcando pressão, todo mundo atacando, jogando com praticamente quatro atacantes e na final mudou esse estilo e o Santos sentiu. E claramente esse não é o jogo do Santos. Esse jogo de compadre, jogar por uma bola, esse não é o jogo do Santos. Isso nunca deu, e nunca vai dar certo, o Santos é jogar pra frente, o Santos é ousadia e alegria, como diria o menino Ney.

 

MP: Você já contou em seus show a história da final da Libertadores de 2011. Você está sempre nos estádios? Qual sua partida marcante e qual seu maior ídolo no Peixão?

DL: Sempre fui um cara que estive presente nos jogos,  em 2011 fiquei 10 horas na fila pra conseguir um ingresso, fiquei até meia noite lá no Ibirapuera pra conseguir um ingresso para estar no Pacaembu, sempre fui nos jogos, sempre gostei de assistir. Estou sentindo uma falta gigantesca, uma das coisas que sinto mais falta na pandemia é ir aos estádios. Estou louco pra levar minha filha no estádio, a mais nova santista do pedaço.

Tenho varias vitórias marcantes, como aquela de 2002, mas como eu estava no estádio o título libertadores sempre vai ser a maior lembrança que vou ter como santista. Quanto aos ídolos, apesar de ter ali o Giovanni que foi importante e me fez virar santista, o Robinho, que era o grande símbolo daquela geração, mas o meu maior ídolo mesmo é o Neymar, até por que, foi o que me deu mais alegrias vendo o Santos jogar. A maioria dos títulos que o Santos ganhou e os grandes jogos, a maioria eu estava presente nos estádios. O Neymar me seu muitas alegrias com a camisa do Santos e ele tem que voltar. Vou ligar para ele agora pedindo pra ele voltar.

 

MP: Pra finalizar, qual sua expectativa com relação a temporada?

DL: A expectativa no início de temporada é sempre difícil até prever o que acontecer com o Santos, quando parece que vai ser um ano difícil que o time vai brigar pra não cair, ai o time vai lá e surpreende, ai aparece dois ou três moleques e salva o Santos. Eu estou na expectativa de aparecerem mais uns moleques bons, já tem uns jogando, o Sandry, o Kayke, o Ângelo, moleque de 16 anos, porra, estamos na expectativa desses moleques salvarem o Santos, pô a base sempre salva. Estou esperando também pra ver como vai ser o técnico estrangeiro novamente. O Sampaoli deu certo, o Português não, vamos esperar um pouquinho para ver como vai ser com esse Argentino ai também. Pelo menos estamos na Libertadores e temos que confirmar a classificação para a fase de grupos. Mano o Santos tem que estar disputando todos os títulos, eu confio!. O Santos ficando com Marinho, com Soteldo, com a base e mais uns moleques chegando ai, dá pra sonhar em beliscar algum título esse ano. Eu estou esperando algum titulo nem que seja o Paulistinha.

 

Gostou da entrevista, torcedor? Comente!

2 Comments

Comentário(s)

  1. Wesley

    12 de março de 2021 at 17:24

    Aí sim meu amigo mestre laza

    • MATHEUS FERREIRA FRANCISCO

      14 de março de 2021 at 08:33

      Ohhhh meu brother que satisfação vc por aquu

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