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Os Vingadores Alvinegros

Fala rapaziada, peixada e moçada, tudo bom com vocês? Bom, venho aqui contar uma história que talvez ajude a explicar o que é o Santos hoje.

Sabemos que o Santos é o maior time da Terra, o time dos deuses do futebol. Isso é inegável, mas por que temos sofrido tanto assim?

Quero dizer que essa não é a primeira vez que os deuses sofreram na Terra, já ouviram falar no Ragnarok? Se você gosta do universo Marvel (como eu), com toda certeza.  O terceiro filme do vingador Thor,  conta uma parte do que teria acontecido no Ragnarok, basicamente o apocalipse nórdico.

O que é o Ragnarok?

É o nome utilizado para descrever os sucessivos eventos que culminaram com o fim do mundo nórdico antigo. Segundo o povo nórdico, grandes batalhas dos filhos de Loki (filhos dos homens) versus o gigante de fogo Surtur (Deus da Destruição).

Essencialmente, o Santos vive batalhas semelhantes, vamos a elas:

Gestões passadas

Somos quase que unânimes em dizer que as ultimas gestões do Santos Futebol Clube foram catastróficas, gerando um passivo de dívidas ao clube que comprometem o investimento que se faz necessário para  o futebol de hoje. E não bastasse a gastança desvairada, a busca por novas receitas que pudessem pelo menos equilibrar a balança não ocorreu, tornando o cube financeiramente inferior diante de sua história desportiva. Nesse aspecto, o Santos é uma Ferrari em uma garagem de Carapicuíba. Muito IPVA pra pouco IPTU.

É claro que, hoje, o projeto desportivo ficou comprometido diante de tantos problemas financeiros. Isso é motivo de jogar a toalha e imaginar que o fim chegou? Óbvio que não, estamos falando de batalhas que podem ser revertidas. Cabe àqueles que comandam o clube reverter essa situação, e mantendo a analogia do universo Marvel, temos 9 Vingadores com essa missão. Se no UCM temos o Homem de Ferro, nós santistas temos o Homem de Papel, interpretado por “Walter Downey Schalka”, além do igualmente herói “Steve Berenguer Rogers”, nosso intrépido Capitão América.

Santos é de Santos?

Outra batalha é vencer o provincianismo, e a história de que Santos deve se restringir ao tamanho de sua aconchegante cidade. A verdade é que, diante de tantas conquistas gloriosas, o clube ficou maior que a cidade, e ao longo dos anos, foi se tornando um clube mundial, diante de sua fama. Alguns se perguntam se a cidade comporta o clube. Eu digo que sim, isso não quer dizer que o clube precisa sair da cidade para crescer, mas que precisa mudar sua mentalidade, disso não tenho dúvida. A começar pelas pessoas que buscam o clube apenas como um plano de previdência. Esse tipo de gente foi varrida pelo voto à distancia, mas é importante que se diga, não adianta trocar os provincianos mamadores por engravatados sanguessugas. E também não podemos colocar no mesmo balaio funcionários comprometidos com a história do clube e identificados. Esses devem ser valorizados e colocados como exemplo de devoção. Mandar um cara desses embora não é enxugar folha, é rasgar a história e perder a identidade.

Para essa batalha, o vingador escolhido é o Doutor Estranho Leal, que estranhamente ainda não se sabe o que faz.

Futebol

Sim, aquilo que deveria ser a atividade fim, o core business, o foco total, se tornou um grande desafio para essa gestão, já que não conseguiu equilibrar o racionamento das despesas com a performance em campo. Pagar boletos, até mesmo no Banco Imobiliário, é uma ação contínua. Você deve jogar os dados e prosseguir, caso contrário está fora do jogo. Mas é possível fazer um time forte com pouco dinheiro? Vamos às expectativas: Se você está esperando um time para jogar e vencer a Champions, a resposta é não. Mas a grande parte da torcida pede um time para vencer a poderosa Internazionale de Limeira sem sufoco, o Barcelona Fake e a poderosa Black Bridge. Será que precisamos de uma grande condição financeira para vencer esses adversários? A resposta é não.

Vale lembrar que, nesse ponto, temos como suporte uma fonte quase que inesgotável, que é a nossa base, ou seja qualquer presidente que assumir, pode beber dessa fonte. Então existe esperança? Sim, mas sem investimento e um suporte, você pode inclusive queimar bons nomes. E quando digo investimento, não é só a contratação de atletas. Note que essa diretoria mandou embora o Renato, mandou embora o Ximenes, e não trouxe ninguém. Pode se questionar a qualidade dos dois, mas será que o Sr. Ninguém vai resolver os problemas que agora se alojaram?

Até mesmo cumprir uma promessa de campanha se torna difícil, por que foi prometido contratar um técnico para fazer um trabalho a longo prazo não foi? Só faltou combinar com o técnico, pois ao que parece, a diretoria queria um casamento, mas o técnico queria só um romance e já ralou peito da Vila Belmiro.

Bom, para essa tarefa, temos o “Bruce Quaresma Banner”, inteligente, comprometido, e o único que parece entender de futebol nesse grupo. O que não pode é espanar a biela, e de certa forma até entendo, como se manter calmo com tantos outros de braços cruzados?

Por fim, fico por aqui assistindo a saga alvinegra em busca da glória eterna e de olho para ver se “Andres Thor Rueda”, senhor do Reino do Futebol vai finalmente entender que o futuro do maior time da Terra não está baseado na força de um machado, nem na ponta de uma caneta, mas o Deus do Trovão precisava fazer com que os raios de hoje brilhem dentro de campo, além de reforçar seu exército e vencer as batalhas necessárias para livrar o Santos Futebol Clube do terrível Ragnarok.

 

Go Avengers Go.

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Meu Peixão

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