Bastidores

Santos contesta ação promovida por empresa audiovisual que fez documentário de R$220 mil sobre o clube

O Santos apresentou embargos à execução movida pela Red Vision Produtora, empresa audiovisual responsável por produzir o documentário “Santos Futebol Clube – O Tempo Não Para“, que trataria do andamento do clube durante a pandemia de COVID-19.

O valor total da produção seria de R$ 220 mil, com a fixação de uma parcela de entrada no importe de R$ 50 mil, com prazo de pagamento em até 10 dias após a assinatura do vínculo. O restante seria ressarcido em 10 parcelas de R$ 17 mil. No entanto, a multa por descumprimento do acordo é de R$ 30 mil.

Conforme noticiado pelo Meu Peixão em 30 de março, o vencimento das parcelas ocorria até o dia 10 de cada mês. Em cláusula, a empresa alega que começou a produção do documentário no dia 1º de dezembro de 2020 e terminou no dia 28 de fevereiro de 2021. Além disso, consta no vínculo que “caso o não cumprimento persista por mais de 30 dias, poderá esta rescindir o presente contrato e pleitear os direitos previstos nesta cláusula“.

No documento, obtido com exclusividade pelo Meu Peixão, o Santos contesta a decisão de arcar com o valor de R$ 81 mil e alega que o clube possui Departamento de Comunicação apto a realizar a produção de tal conteúdo:

Primeiramente, uma Instituição como o Santos Futebol Clube, ora Embargante, não precisaria dispender qualquer valor para pagar um vídeo; ao revés, o Clube recebe muitas propostas para produção de documentários, de modo que já foram produzidos muitos filmes que comprovam isso, por exemplo, “Santos Futebol Clube, 100 Anos de Futebol Arte”. Ou seja, há várias produtoras e plataformas querendo financiar as produções sobre o Embargante, tendo como escopo sua qualidade técnica, sua história, não por um tema que não tem roteiro, como é o caso em tela“.

No documento, consta um trecho onde se revela um documentário no valor de R$ 90 mil na gestão do ex-presidente José Carlos Peres que jamais foi entregue. “Em tempo, essa mesma produtora, já fez um outro vídeo, no valor de 90 mil reais, se não me engano, na Gestão Peres e nunca foi apresentado. O Santos não recebeu esse material.”, diz.

Na análise do Departamento de Comunicação do Santos, apresentada ao Departamento Jurídico, consta os motivos que levaram à contestação da atual diretoria a um contrato que, inclusive, foi apontado como fora de acordo com o Estatuto Social do Clube pelo Conselho Fiscal. O Departamento de Comunicação alvinegro considera, inclusive, o tema inapropriado para a produção do documentário e diz que o clube não o aproveitaria:

Primeiramente, acredito que a temática do documentário (O Santos FC durante a pandemia do Covid-19) não seja tão relevante a ponto de se fazer um filme como esse. Logo no começo do filme, o escudo do Santos é apresentado com um efeito de transição bem ultrapassado, algo utilizado bastante no fim dos anos 90 e início dos anos 2000. Texto da narração inicial é muito pobre e a voz do narrador é infantil e aparenta ter sido gravada de forma amadora, mostrando uma falta de qualidade e cuidado com esse conteúdo. Essa narração é utilizada algumas vezes durante o filme“.

Após diversas críticas às aparições de setores do clube, os quais não teriam ligação com o tema do documentário e as imagens utilizadas, o Departamento de Comunicação afirmou que não teria quase nada para aproveitar:

Para finalizar, acredito que as únicas cenas aproveitáveis desse documentário são as imagens aéreas do Estádio Urbano Caldeira. O restante não tem aproveitamento como filme e nem como institucional“.

Ainda, o Peixe afirmou que a empresa descumpriu o contrato, pois ela tinha a obrigação de disponibilizar o material para avaliação do Santos, durante o processo de produção, bem como após sua finalização. Alega, ainda, que ela jamais apresentou o material ao Santos, entregando-o no último dia do contrato, além de que o valor de R$ 50.000,00 satisfaz o trabalho realizado pela empresa. A empresa Red Vision Produtora ainda não se manifestou nos autos.

Procurado, o clube informou que não comenta processos em curso.

Empresa audiovisual processa Santos por falta de pagamento em produção de documentário

2 Comments

Comentário(s)

  1. SILVANO RODRIGUES DOS SANTOS

    2 de julho de 2021 at 07:50

    Rueda renove com o Kaio e o empreste d graça com renovação anual d + 1 ano..mande-o a Europa pra ganhar em euro e experiência..deixe-o lá no Porto, Valencia onde for, a vitrine é maior e da pra ganhar uns troco..dê uma parte ao time e a ele e fiquemos com uns 60 a 70%..faz as contas, se vender por 40milhoes vamos lucrar uns 28 e se não fizer isso em Dez ele sai d graça..

  2. Floreal

    1 de julho de 2021 at 20:20

    Mais uma do seu Orlando Rollo, no qual ele foi o responsável. Tenho uma sujestao a esse portal, que levante todos os contratos feitos em três meses por esse Orlando Rollo, como contratações, aceitação de dividas, pagamentos sem contestação, e o quanto de dinheiro envolveu isso. O conselho tem que expulsar esse Sr do quadro associativo,e cobrar o que fez errado.

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