Um Sapo no caldeirão alvinegro

Fala rapaziada, peixada e moçada, tudo bom com vocês? Por aqui tudo na paz, e um pouco mais de sossego depois da vitória no ultimo final de semana. Pelos lados do reino do futebol, além das vendas de nossos atletas, tem muita coisa acontecendo, e que tem me deixado preocupado.

Como vocês sabem, temos o habito de fazer muitas lives pós jogo, e alguns comentários me chamaram atenção, tais como: “Se não cair está bom”, “O objetivo é ficar na série A” e “Esqueçam títulos, o foco é arrumar a casa”

Bom, antes de explicar o que penso, quero deixar uma alusão prática para refletirmos juntos: Se você colocar um sapo numa panela, enchê-la com água e a colocar no fogo, vai perceber uma coisa interessante: o sapo se ajusta à temperatura da água, e permanece lá dentro. E continuaria se ajustando. Quanto mais subisse a temperatura, mais o Sapo se ajustaria. Quando a água estivesse perto do ponto de fervura, e o sapo tentasse saltar para fora, não conseguiria, porque estaria muito cansado devido aos ajustes que teve que fazer.

Alguns diriam que o que matou o sapo foi a água fervendo., mas o que o matou, na verdade, foi a sua incapacidade de decidir quando pular fora. O Santos precisa parar de se ajustar à mediocridade, precisa parar de se ajustar ao ostracismo, antes que seja tarde demais e o momento de tentar uma retomada simplesmente tenha passado.

Estou ciente do momento financeiro do clube e das limitações que isso nos impõe, mas desde quando o Santos precisou ser o mais rico para chocar o mundo com sua genialidade? Desde quando o Santos teve um poder financeiro maior que nossos rivais, afim de realizar as maiores contratações e só então ser protagonista? Eu digo, isso nunca aconteceu. O Santos sempre foi o clube da ousadia, porque foi intrépido em fazer das suas limitações sejam elas financeiras, ou não, sua maior força.

Anos após anos, subindo a serra e fazendo seus rivais tremerem diante do improviso e audácia dos seus atletas. Mesmo em épocas de vacas magras, como na década de 90, o poderio financeiro de nossos rivais era maior, e mesmo não ganhando títulos nossa torcida era faminta por conquistas, e o que tem nos levado a acreditar que hoje o dinheiro é mais importante que as conquistas? Não mostramos ao mundo como conquistar com menos grana? Já não demos mostras de que o Santos é capaz de vencer seus rivais, não com a habilidade financeira, mas com a habilidade nos pés?

Óbvio que não desprezo as boas praticas administrativas, alias, elas são bem vindas, mas será que apenas com elas podemos sonhar e exigir um Santos vencedor? Ou se somarmos uma boa administração com nossa ousadia dentro de campo, podemos fazer do Santos um time ainda mais admirável?

Cabe a nós torcedores cobrarmos e exigirmos o equilíbrio entre uma boa administração e jogadores talentosos dentro de campo, para que o Santos volte a brilhar. Ou faremos como o coitado do Sapo e vamos nos adaptando à discursos conformistas carregados de critérios financeiros e vazios da paixão que temos pelo futebol e em especial ao Santos Futebol Clube?

 

Reage Santos… você é Gigante!!!

 

 

Comentários (4)

  1. SILVANO RODRIGUES DOS SANTOS

    Menos..ou melhor..menas..querendo ser grande em tituçosne historia nos trouxe até aqui a esta mediocridade q vivemos..pasaando o Pires pra pagar e contratar..olha o Flamengo o q era e o q é..tem organização financeira e manda e obedece.. Então não previsa ir e … Menos..ou melhor..menas..

  2. Com certeza queremos o nosso PEIXÂO disputando título, porém precisamos daf credito e apoiar a atual administração que não é responsável pelo caos que se encontra a finanças do clube. A diretoria está certissima em primeiro arrumar a casa e para o próximo ano, concordo em cobrar a diretoria, por um elenco mais forte.

  3. Carlos Alberto Valente

    De repente gigante não são alguns cérebros, para fazer tudo isso, temos que ter uma administração em ordem para começar esse seu bla blá blá..e nos manternos no topo…

  4. Jefshow (@quickocara)

    Simplesmente espetacular o texto.
    Resumo perfeito da situação atual da Instituição e um contra ponto perfeito os zé planilhas e torcedores de orçamento.
    Negligência com campo e bola precisa ser cobrada por todos.

    Parabéns pela excelente analogia e a ótima reflexão.

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