Desde 1932, todo o segundo domingo de maio é considerado como ‘dia das mães’ em todo o Brasil. Este ano a celebração será no dia 9, mas o Meu Peixão homenageará por todo o mês as mulheres que sabem a sensação do mais puro amor.
Andrea Helena Góes descobriu qual é a sensação há 14 anos, quando a vida ganhou um novo sentido. Mesmo sem ter sonhado com a maternidade, o Rafael chegou ao mundo trazendo um amor que ela diz ser inexplicável.
Aos 4 anos de Rafael, Andrea percebeu que o filho se encaixava no quadro de síndrome de Asperger, procurou um neurologista que o diagnosticou como autista.
“Como sou enfermeira comecei a estudar sobre e descobri. Procurei um novo neurologista já falando que o Rafael tinha autismo, ele analisou e confirmou o diagnóstico”, explica a mãe.
Andrea ainda conta que naquela época os recursos e esclarecimentos não eram como hoje. Mas destaca que o desafio é dar conta do trabalho, da família e continuar dando a atenção necessária ao garoto.
Mas a recompensa é ter conseguido até os dias de hoje com a ajuda de sua mãe, já que se divorciou enquanto estava grávida, era desempregada e precisou enfrentar um hospital público para dar à luz.
O filho é fruto de um relacionamento com um São Paulino, mas a única possibilidade do Rafael foi torcer para o Santos, um amor que está na família há gerações.
“Santos significa amor herdado pelo meu avô fanático que participou de muitos momentos do clube, financeiramente falando. Quando ele contava as histórias me arrepiava e me engradecia como torcedora”, explica Andrea.
Hoje as histórias são escritas pela mãe e o filho, que quando é possível estão na Vila Belmiro. E Rafael é ‘pé quente’, nunca assistiu uma derrota no Alçapão.
INCLUSÃO
O amor que já está impregnado no DNA da família Góes também se faz presente em muitas outras, assim como a condição do Rafael, que não se sente desconfortável em estar em meio a torcida e nunca vivenciou uma situação complicada nas idas ao estádio.
Entretanto, outros não conseguem realizar este desejo, seja pelo barulho ou aglomeração.
Por esse motivo, em junho de 2020 a então conselheira Débora Vaz fez um requerimento solicitando um espaço fechado, com acessibilidade, vidro antirruído e com todas as adaptações necessárias para atender esse público.
“Um sócio me contou sobre um pai que sonhava em levar o filho para o estádio, mas por conta do autismo ele se incomodava muito com o barulho. Fiquei pensando nessa questão por dias”, conta Débora.
Em outubro de 2020, o Comitê Gestor autorizou o estudo de possibilidade para que o local seja implantado. Atualmente, com a chance da Arena, as expectativas aumentam, visto que o ambiente já existe em outros projetos parecidos.
Caso o clube tome a atitude de realizar o espaço, será um grande feito e mais um motivo para que mães e filhos criem memórias que não se vão com o tempo.
Porque só mãe sabe o que é ser mãe e para a Andrea a frase ‘só as mães são felizes’, resume tudo.
Fique ligado que a próxima mãe a ser homenageada será Isabel Luchesi, Coordenadora de Relações Públicas do Santos, comentarista da Santos TV e mãe do Gabriel.
Fran Silva
3 de maio de 2021 at 09:43
Que linda reportagem!
Jorgeane Soares de Moura Silva
1 de maio de 2021 at 10:55
Emocionante, muito boa a matéria
Carmen Luiza Paes Barreto Da Cruz
1 de maio de 2021 at 10:41
Muito lindo a reportagem. Não por você ser aminha sobrinha mas foi muito bem escrito e passou para a gente que está lendo a sensação de ser mãe de autuada e quere fazer tudo por ele. Tenho 4 filhos e sei o que é ser mãe mais com uma deficiência sem o governo ajudar não é fácil. Beijo
MARIANA CITTI MONTEIRO DA SILVA
1 de maio de 2021 at 10:39
Andrea maravilhosa 😍😍
Angela
1 de maio de 2021 at 10:36
Deia lindaaa parabéns! Você merece está homenagem! Parabéns pelo filhote 💙
Andrea Goes
1 de maio de 2021 at 10:24
Gostaria de agradece muitíssimo pela homenagem em texto primoroso desta incrível profissional do jornalismo.. a emoção tomou conta a cada palavra grafada. Que Deus te abençoe pata sempre Fernanda!!!