Presidente do Conselho Deliberativo de 2000 a 2001, Esmeraldo Soares Tarquínio de Campos Neto recusou o convite do atual presidente do egrégio, Celso Jatene, para assumir a presidência da Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS). Tarquínio estudou o convite e por motivos de ordem particular resolveu não aceitar.
A comissão está vaga desde a renúncia de Michel Elias Zamari e de todos os membros da CIS (o relator Gustavo Bittencourt Amorim, o conselheiro efetivo Ademir Corrêa, e os membros Gilberto Carrega e Ricardo Soares Cretella). A decisão de Zamari e seus pares foi tomada após o requerimento de conselheiros pedindo a reabertura de processos que foram arquivados pela CIS e comunicados na reunião do Conselho do último dia 10. Porém, antes de renunciar, a CIS respondeu ao requerimento dos conselheiros responsabilizando a Mesa do Conselho pelo arquivamento e fundamentando a decisão.
Um dos motivos da recusa de Tarquínio são suas ligações estreitas com Odílio Rodrigues Filho, o principal envolvido na polêmica do processo arquivado pela CIS anterior. Odílio foi vice-presidente do Conselho quando Tarquínio presidiu o egrégio. Teria sido seu sucessor, mas o grupo de Marcelo Teixeira em consenso decidiu eleger José da Costa Teixeira, o Teixeirão, que coordenou a campanha de reeleição de Teixeira em 2001. Quando em 2005 teria a renovação da presidência do Conselho, aconteceu o racha entre Odílio e outros membros da Rumo Certo com Marcelo Teixeira. Odílio entendia que deveria ser o candidato do grupo, mas Teixeira e Teixeirão queriam outro presidente, o conselheiro Osmar Carvalho. Odílio lançou candidatura com apoio de conselheiros ligados a Teixeira como Rodrigo Lyra (então Presidente da OAB Santos), Luis Simões Polaco, Orlando Rollo, Celso Leite e outros. Esmeraldo Tarquínio naquela oportunidade coordenou a candidatura em uma das eleições mais disputadas pela Mesa, superada na diferença de votos e disputa apertada apenas pela vitória de Marcelo Teixeira sobre Otávio Adegas em 2018. Mas Odílio perdeu a eleição em 2005 para Florival Barletta. Odílio também é padrinho de casamento de Esmeraldo.
Quem é Esmeraldo?
Esmeraldo Tarquínio é advogado, radialista e coach. No Santos, é Conselheiro Nato e membro do Conselho Consultivo. Integra o Conselho Deliberativo do Santos há mais de 30 anos. Foi Assessor da Presidência na gestão de Marcelo Teixeira de 2002 a 2003 sendo responsável pela criação das Escolinhas Meninos da Vila e pela parceria com o Jabaquara que fez o Leão da Caneleira vencer a Segunda Divisão do Paulista em 2002, foi membro da Mesa na gestão de Florival Barletta em 1997 e 1998, e autor de um dos pedidos de impeachment do ex-presidente José Carlos Peres rejeitado pelo quadro associativo em setembro de 2018.
Foi pré-candidato a Presidente do Santos FC em 2020, tendo como vice o ex-goleiro Fábio Costa. Porém, não obteve êxito em formar uma chapa com 250 associados.
Fora do Santos, foi vice-prefeito de Santos de 1985 a 1988, presidente do Centro de Excelência Portuária de Santos, e ouvidor do Porto de Santos.
Seu pai, Esmeraldo Soares Tarquínio de Campos filho foi presidente do Conselho Deliberativo do Santos de 1978 a 1980 e prefeito cassado da Cidade pela Ditadura Militar.
Carlos Alberto Valente
28 de junho de 2021 at 11:04
De repente ele queria ser presidente do Santos, então não teria tempo para isso também., Agora estás com medo por ter que prestar acusações da panelinha dele… Hipócrita……